Quando aprendemos algo, nós não
esquecemos, pois a aprendizagem acorre através de mudança de comportamento,
exemplo quando eu aprendo a andar de bicicleta ou dirigir não esqueço. Já
quando decoramos uma coisa, um texto ou algo semelhante, não existe uma mudança
de comportamento, nosso cérebro grava, mas esquece, pois é algo passageiro. É o
que acontece com os alunos, eles apenas decoram e esquecem.
Segundo o especialista em Matemática e
Psicoepdagogia Valdivino Sousa, “o ensino fundamental ainda é o método
tradicional da decoreba e os alunos apenas decora as matérias para tirar a nota
e passar de um ano para o outro. Quando chegam ao ensino médio eles não lembram
mais o que “aprendeu” no ensino fundamental, pois não aprenderam”.
Realizada a cada dois anos pelo INEP,
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira,a
avaliação mostra que a qualidade do ensino médio não teve melhoras e continua
basicamente a mesma, desde 2009. O INEP concluiu que o ensino médio é o que menos
agregou ao conhecimento dos estudantes e isso pode afetar a formação deles para
o mercado de trabalho e, consequentemente, o desenvolvimento social e econômico
do Brasil.
Nesta etapa, pouco mais de 1% dos
estudantes avaliados mostraram aprendizado classificado como adequado. O
Ministro acredita na melhora dos índices com a implantação da Base Nacional
Comum Curricular para o ensino médio, prevista para até 2020. Na avaliação da
representante da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda,
esta não seria a melhor saída.
Andressa Pellanda avalia que a melhor
saída é colocar o PNE, Plano Nacional de Educação, como prioridade da política
educacional de qualquer governo. A atenção especial para a educação também é a
sugestão do ministro da pasta.
“Existe uma diferença em aprender e
decorar, quando o aluno o decora não aprende, e o que acontece durante o ensino
fundamental é que estes alunos apenas decoram e esquece, quando chegam ao
ensino médio não sabem o básico em Matemática e Português”. Explica Valdivino
Sousa.
Alguns métodos de ensino de Matemática
foram criados para os professores utilizarem no ensino fundamental, mas o que
ocorre que estes métodos são ignorados porque as escolas seguem o currículo
tradicional do MEC, precisamos de uma mudança urgente mo método de ensino.
Sabemos que o aluno chega ao ensino médio sem saber tabuada, e sem saber as
quatro operações matemáticas, ou seja, sem saber multiplicar, dividir, somar e
subtrair. Diz Valdivino Sousa.
No ensino básico geral, o Brasil alcançou
nível dois, em uma escala que vai de zero a dez, o que é considerado
insuficiente para o desenvolvimento cognitivo dos estudantes de todas as etapas
da educação básica.
O estudo apontou, também, que
nenhum estado das Regiões Norte e Nordeste está entre os melhores desempenhos
de estudantes, em português e Matemática.
No ensino fundamental, os alunos
do quinto e do nono ano não passaram do nível quatro, o que continua sendo
insuficiente. Os melhores índices estão nos estados de São Paulo, Paraná e
Santa Catarina, acima da média nacional em todas as etapas do ensino básico.
Já nos anos iniciais do ensino
fundamental, todos os estados do país apresentaram melhora em 2017, em
comparação com 2015, em língua portuguesa.
Para o ministro da educação, a má
qualidade no ensino médio começa lá atrás, na educação infantil. Além disso,
ele argumenta que a reprovação dessas crianças no ano letivo não garante o
aprendizado.
A desigualdade social também foi
um fator preocupante,apontado pelo estudo do INEP. No ensino médio, por exemplo
o Distrito Federal teve a maior diferença na aprendizagem, entre os estudantes
de escolas com nível socioeconômico mais baixo e mais alto, tanto em Português
quanto em matemática. Também no ensino médio, o levantamento mostrou que o
desempenho das escolas de pior nível socioeconômico do Espírito Santo é o mesmo
das escolas com o melhor nível, no Amapá, em relação a matemática.Essa
desigualdade socioeconômica é menos marcada no estado do Ceará.
Participaram da avaliação, quase
cinco milhões e meio de estudantes, em mais de 70 mil escolas de todo o país.
Os dados são relativos a 2017 e a avaliação é feita a cada dois anos.
Sobre o Autor

Valdivino Sousa é Professor, Matemático, Pedagogo, Contador, Bacharel em Direito, Psicanalista e Escritor. Criador do método X Y Z que facilita na aprendizagem de equação e expressão algébrica com objetos ilustrativos. Autor de mais de 15 livros e têm vários artigos publicados em revistas e jornais. É programador Web e editor do blog Valor x Matemática News, Produtor de Conteúdo e Colunista Mtb 60.448. Semanalmente escreve para o portal D.Dez e Opa! Já Publiquei, sobre: Comportamento, Educação Matemática e Desenvolvimento da Aprendizagem. E-mail: valdivinosousa.mat@gmail.com Whatsap: 11 – –9.9608-3728 Veja Biografia