O artigo discorre sobre a gestão na
escola e sua democratização no que tange seus aspectos internos e externos. A
função social da escola nos processos administrativos e a importância da
participação da comunidade, nessa linha de pensamento como desenvolve a gestão
escolar e sua associação num contexto de outras ideias como novas políticas
públicas.
A gestão na escola e sua democratização,
quando falamos de gestão escolar ao mesmo tempo significa a gestão educacional e
esta passa pela democratização da escola sob dois aspectos: a) interno – que
contempla os processos administrativos, a participação da comunidade escolar
nos projetos pedagógicos; b) externo – ligado à função social da escola, na
forma como produz, divulga e socializa o conhecimento.
A partir da análise de alguns trabalhos
recentes (pesquisas realizadas na área de gestão educacional) o estudo pretende
trazer suporte teórico para uma reflexão sobre o tema de forma que seja
possível ultrapassar o nível de entendimento sobre gestão como palavra recente
que se incorpora ao ideário das novas políticas públicas em substituição ao
termo administração escolar.
O fato de que a ideia gestão educacional desenvolve-se
associada a um contexto de outras ideias como, por exemplo, transformação e
cidadania. Isto permite pensar gestão no sentido de uma articulação consciente
entre ações que se realizam no cotidiano da instituição escolar e o seu
significado político e social.
A valorização da escola privada como
solução para democratização da educação estão comprometendo algumas conquistas
gestadas por ocasião da Constituição Cidadã de 1988. Não há dúvida que o
movimento de gestão democrática da educação avançou nas décadas de 80 até
meados da década de 90. Hoje, este movimento sofre retrocessos, embora a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação 9.394 de 20 de dezembro de 1996 tenha confirmado
a participação não só na gestão da escola, mas também na construção do projeto
político pedagógico, de acordo com a regulamentação em leis municipais. No
entanto esta participação não se consolidou na gestão da educação e muito menos
nas propostas pedagógicas das escolas. Três motivos explicam esta situação
precária da gestão da escola. Primeiro, o projeto político conservador que está
embutido nas práticas administrativas.
A administração ou é excessivamente
burocrática e controladora privilegiando a uniformidade, disciplina e
homogeneidade dificultando qualquer gesto de criatividade ou incorpora práticas
de programas empresariais de qualidade total. Segundo, a falta de formação
ética e política dos gestores eleitos privilegiam interesses privados em
detrimento dos coletivos e públicos. Terceiro, a confusão estabelecida pelo
pragmatismo das políticas neoliberais de privatização no setor administrativo
público, de tal forma que nem dirigentes em seus cargos administrativos nem
dirigidos conseguem distinguir mais o que é público e o que é privado. Como
construir neste contexto uma participação democrática na gestão e na construção
da proposta pedagógica da escola?
Os governos neoliberais entendem que
propostas de participação da comunidade na administração das escolas devam ser
através de programas como: Amigos da Escola?,Dia da Família na Escola?, Escolas
de Paz?. Associações de Apoio à Escola? e Organizações não governamentais?. Os
educadores e pesquisadores entendem que não é suficiente permanecer na
denúncia. Isto a mídia o faz muito bem.
É fundamental lutar para manter as
conquistas democráticas constitucionais. É preciso ir além e se comprometer com
uma construção democrática cotidiana em diferentes setores da sociedade e do
Estado. As práticas do cotidiano escolar constituem um horizonte para o
surgimento, crescimento e consolidação de um projeto democrático alternativo.
A investigação das práticas docentes,
administrativas e culturais é este horizonte que aponta uma direção. Afinal, a
quem servem estas práticas? Que projeto de sociedade e de Estado está embutido
no diálogo dos educadores e educandos? Que significado possui a interlocução
entre saberes acadêmicos e saberes de experiência feitos? conforme ensinara
Paulo Freire?
A LDB, em seus artigos 14 e 15,
apresentam as seguintes determinações:
Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão
as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo
com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I. participação
dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes. Art. 15 – Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares
públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia
pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas de
direito financeiro público. Cabe aqui, nesta regulamentação o princípio da
autonomia delegada, pois esta lei decreta a gestão democrática com seus
princípios vagos, no sentido de que não estabelece diretrizes bem definidas
para delinear a gestão democrática, apenas aponta o lógico, a participação de
todos os envolvidos.
Nesse ínterim, o caráter deliberativo
da autonomia assume uma posição ainda articulada com o Estado. É preciso que
educadores e gestores se reeduquem na perspectiva de uma ética e de uma
política no sentido de criar novas formas de participação na escola pública,
tais como ouvindo, registrando e divulgando o que alunos e comunidade pensam,
falam, escrevem sobre o autoritarismo liberdade da escola pública e as
desigualdades da sociedade brasileira. É tecendo redes de falas e de registros,
ações e intervenções que surgirão novos movimentos de participação ativa e
cidadã.
O novo paradigma da administração
escolar traz, junto com a autonomia, a ideia e a recomendação de gestão
colegiada, com responsabilidades compartilhadas pelas comunidades interna e
externa da escola. O novo modelo não só abre espaço para iniciativa e
participação, como cobra isso da equipe escolar, alunos e pais. Ele delega
poderes (autonomia administrativa e orçamentária) para a Diretoria da Escola
resolver o desafio da qualidade da educação no âmbito de sua instituição. Em
certa medida, esta nova situação sugere o papel do último perfil de líder
mencionado: o que enfrenta problemas "intratáveis", cuja solução não
é técnica, mas de engajamento e sintonia com o grupo que está envolvido e que
tem muito a ganhar com a superação do desafio. No caso da escola, a qualidade
da educação é interesse tanto da equipe escolar, quanto dos alunos e de suas famílias
(além do Estado, das autoridades educacionais e da nação como um todo). Sua
melhoria depende da busca de sintonia da escola com ela mesma e com seus
usuários. Uma escola de qualidade tem uma personalidade especial, que integra
os perfis (aspirações e valores) de suas equipes internas, alunos, pais e
comunidade externa.
Desenvolvimento profissional de
professores e funcionários
Estados planejaram investir em
programas de capacitação de professores e dirigentes escolares, Incluiu um
programa de capacitação em liderança de escolas estaduais inovador baseado na
escola. O enfoque da capacitação prático e não teórico. Os programas e seu
material de apoio são desenvolvidos por grupo de treinamento central.
O objetivo dos estados participantes é
reforçar o conteúdo de capacitação e desenvolver escolas para demonstração. O
fator crítico para o alcance do objetivo do estado é de descentralizar o
processo divisório das escolas.
Por que incentivar o desenvolvimento
dos professores e funcionários.
As duas razões principais para que se
tenha uma forte ênfase ao desenvolvimento dos funcionários e professores são:
crescimento profissional e desenvolvimento pessoal.
Os funcionários devem se sentir
motivados para treinar e aprender mais na área em que atua isto vai ser lucro
para ambas as partes escola e funcionário.
Os diretores poderão crescer mais em
seus projetos e desenvolver cada vez melhor seu "perfil", sendo capaz
de solucionar problemas com decisões certas. Porque sem este desenvolvimento os
diretores tomavam decisões baseadas apenas em experiências e muitas vezes sem
dinâmicas e sem percepção.
Estratégias participativas do
desenvolvimento de pessoal
Tanto os professores como os gestores
devem ser envolvidos na concepção de programas de desenvolvimento de pessoal.
Há cinco elementos chave de urna abordagem participativa de desenvolvimento
pessoal. 1 - Consultar o pessoal sobre o que consideram necessário para
promover o seu próprio crescimento e aprimorar o seu desempenho. 2 - Retribuir
eu reconhecer o tempo dedicado à participação em atividades de desenvolvimento
de pessoal 3 – utilizar os quatro princípios de programas de capacitação
eficazes. Esses princípios são:
a). envolver os participantes na
apresentação de concertos, ideias, estratégias e técnicas. b). planejar a
aplicação dos conceitos acima.
c).dar aos participantes feedback
sobre o uso de novos conceitos.
d). Permitir que os participantes
aplicassem seus novos conhecimentos.
4 – Certificar-se de que o diretor da
escola está presente e participar de todos os programas realizados em serviços.
5 – Acompanhar a utilidade de cada
atividade de desenvolvimento profissional, após a realização da mesma.
Valdivino Sousa
Contador, Matemático, Pedagogo, Psicanalista, Bacharel em Direito, Escritor e Mestrado em Ciências da Educação Matemática. Criador do método X Y Z que facilita na aprendizagem de equação e expressão algébrica com objetos ilustrativos. Docente nos cursos de Matemática, Ciências Contábeis, Administração e Engenharia. Autor de mais de 10 (dez) livros e têm vários artigos publicados em revistas e jornais especializados. Blogueiro Mtb 60.448, Consultor e Estrategista de Mídias Digitais. Semanalmente escreve para o portal D.Dez, Jornal Sudoeste e Folha Online. Sobre: Comportamento, Educação Matemática e Desenvolvimento da Aprendizagem. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Equações Diferenciais Parciais, Matemática Computacional e Engenharia Didática, atuando principalmente nos seguintes temas: métodos numéricos, equações diferenciais, modelagem, simulações e didática no ensino de matemática. Acesse o site: www.matematicosousa.com.br
E-Mail: valdivinosousa.mat@gmail.com Whatsap: 11 – 9.9608-3728
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Sobre o Autor
Valdivino Sousa é Professor, Matemático, Pedagogo, Contador, Bacharel em Direito, Psicanalista e Escritor. Criador do método X Y Z que facilita na aprendizagem de equação e expressão algébrica com objetos ilustrativos. Autor de mais de 15 livros e têm vários artigos publicados em revistas e jornais. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Equações Diferenciais Parciais, Matemática Computacional e Engenharia Didática, atuando principalmente nos seguintes temas: métodos numéricos, equações diferenciais, modelagem, simulações e didática no ensino de Matemática. Além da Matemática atua há mais de 20 anos em Contabilidade e desde 2005 é Contador responsável da Alves Contabilidade. Outras atividades: Produtor de Conteúdo, Cientista de dados e Colunista Mtb 60.448. Semanalmente escreve para o portal D.Dez e Folha Online. Sobre: Comportamento, Educação Matemática e Desenvolvimento da Aprendizagem. E-mail: valdivinosousa.mat@gmail.com Whatsap: 11 – –9.9608-3728 Veja Biografia
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