A
matemática deve ser ensinada com criatividade, explica o Matemático e Professor
Valdivino Sousa, criador do método X Y Z que facilita na
aprendizagem de equação e expressão algébrica com objetos ilustrativos. Docente
nos cursos de Matemática, Ciências Contábeis, Administração e Engenharia. Autor
de mais de 10 (dez) livros e têm vários artigos publicados em revistas e
jornais especializados.
Quem não
conhece um amigo que diz: “Não tenho dom para a matemática” Quem nunca ouviu o
discurso de que a matemática é difícil, sofrida ou algo para poucos que já
nasceram com esse talento? De certa forma, avaliações nacionais e
internacionais parecem reforçar essa crença.
Maioria no ensino médio não
aprende o básico de português e matemática. Resultados são
"preocupantes", avaliam Inep e Ministério da Educação.
Cerca de 70% dos estudantes que
concluíram o ensino médio no país apresentaram resultados considerados
insuficientes em matemática. A mesma porcentagem não aprendeu nem mesmo o
considerado básico em português. Os dados são do Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Básica (Saeb), apresentados no dia 30 de Agosto deste ano, pelo
Ministério da Educação (MEC).
“No ensino fundamental os alunos
não aprendem o básico em Matemática, e quando chega no ensino médio eles não
sabem quase nada, nem tabuada aprende que é de suma importância, pois o aluno
não consegue resolver uma operação matemática se não sabe tabuada”, explica
Valdivino Sousa.
Em português, os estudantes
alcançaram, em média, 268 pontos, o que coloca o país no nível 2, em uma escala
que vai de 0 a 8. Até o nível 3, o aprendizado é considerado insuficiente pelo
MEC. A partir do nível 4, o aprendizado é considerado básico e, do nível 7,
adequado. Na prática, isso significa que os brasileiros deixam a escola
provavelmente sem conseguir reconhecer o tema de uma crônica ou identificar a
informação principal em uma reportagem.
Em matemática, os estudantes
alcançaram, em média, 270 pontos, o que coloca o país no nível 2, de uma escala
que vai de 0 a 10, e segue a mesma classificação em língua portuguesa. A maior
parte dos estudantes do país não é capaz, por exemplo, de resolver problemas
utilizando soma, subtração, multiplicação e divisão.
O desafio de
aprendizagem em matemática não é apenas brasileiro. Outros países, entre eles
os Estados Unidos, enfrentam esse problema. Então, como reverter o quadro?
Pesquisadores ao redor do mundo têm sido categóricos em afirmar: todos podem
aprender matemática em níveis complexos e avançados.
Esse foi o recado dado pela pesquisadora Jo
Boaler, da Universidade Stanford (EUA), no Seminário Mentalidades Matemáticas,
realizado recentemente em São Paulo.
“Qualquer
pessoa podem aprender matemática em níveis complexos e avançados, mas é preciso
uma mudança drástica na forma de ensino da disciplina e também na relação que
professores e alunos têm com ela”, Disse Valdivino Sousa.
Desigualdades
Na média, 43 pontos separam os
estudantes que pertencem ao grupo dos 20% com o mais alto nível socioeconômico
dos 20% do nível mais baixo, em português, no país. A diferença, coloca os mais
ricos no nível 3 de aprendizagem, enquanto os mais pobres ficam no nível 2.
Embora mais alto, o nível 3 ainda é considerado insuficiente pelo MEC. Em
matemática, a diferença entre os dois grupos é ainda maior, de 52 pontos.
Enquanto os mais pobres estão no nível 2, os mais ricos estão no nível 4,
considerado básico.
Entre os entes federados, o Distrito
Federal registra a maior diferença entre os dois grupos, tanto em português
quanto em matemática. Os alunos com mais alto nível socioeconômico obtiveram,
em média, 329 pontos em português, ficando no nível 5 de aprendizagem,
considerado básico. Já os de nível socioeconômico mais baixo ficaram com 255
pontos, no nível 2, uma diferença de 74 pontos Em matemática, a diferença foi
maior, de 101 pontos. Os mais pobres estão no nível 2 e os mais ricos, no nível
6.
“Diferentemente
de como a maioria de nós estudou, aprender matemática não se limita a decorar
fórmulas e dar respostas certas ou erradas para os resultados das equações. Ao
contrário de nossas crenças sobre a rigidez da disciplina, buscar inovar e Matemática
de maneira criativa é o caminho para quebrar este tabu que se encontra”. Diz o
Matemático Valdivino Sousa.
Os resultados também mostram
desigualdades regionais. A maioria dos estados das regiões Norte e Nordeste,
além do Mato Grosso, tiveram, em média, pontuações inferiores à média nacional
em matemática e português. A exceção é Pernambuco, que, ficou acima da média,
juntando-se aos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste que ficaram ou
na média ou acima da média de desempenho nacional. Rondônia ficou acima da
média nacional apenas em matemática.
Seis estados pioraram os resultados de
2015 para 2017 tanto em português quanto em matemática: Amazonas; Amapá; Bahia;
Mato Grosso do Sul; Pará; e Roraima. Além desses estados, o Rio Grande do Norte
piorou o resultado apenas em matemática e Distrito Federal, Mato Grosso,
Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo pioraram apenas em
língua portuguesa.
Ministério da Educação
Na avaliação do MEC e do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),
responsável pela avaliação, os resultados de aprendizagem dos estudantes
brasileiros “são absolutamente preocupantes”.
No ensino médio, o país encontra-se
praticamente estagnado desde 2009. “A baixa qualidade, em média, do Ensino
Médio brasileiro prejudica a formação dos estudantes para o mundo do trabalho
e, consequentemente, atrasa o desenvolvimento social e econômico do Brasil”,
diz a pasta.
Os resultados são do Saeb, aplicado em
2017 aos estudantes do último ano do ensino médio. Pela primeira vez a
avaliação foi oferecida a todos os estudantes das escolas públicas e não apenas
a um grupo de escolas, como era feito até então. Cerca de 70% dos estudantes
participaram das provas. Nas escolas particulares, a avaliação seguiu sendo
feita de forma amostral. Aquelas que desejassem também podiam se voluntariar,
mas os resultados não foram incluídos nas divulgações.
Fonte: Folha Online
Sobre o Autor

Valdivino Sousa é Professor, Matemático, Pedagogo, Contador, Bacharel em Direito, Psicanalista e Escritor. Criador do método X Y Z que facilita na aprendizagem de equação e expressão algébrica com objetos ilustrativos. Autor de mais de 15 livros e têm vários artigos publicados em revistas e jornais. É programador Web e editor do blog Valor x Matemática News, Produtor de Conteúdo e Colunista Mtb 60.448. Semanalmente escreve para o portal D.Dez e TOP 10 News, sobre: Comportamento, Educação Matemática e Desenvolvimento da Aprendizagem. E-mail: valdivinosousa.mat@gmail.com Whatsap: 11 – –9.9608-3728 Veja Biografia